sábado, 31 de dezembro de 2011

And the best is yet to come...


Reportando-me há 1 ano atrás
http://littlel-caos.blogspot.com/2010/12/wish-list-e-balanco-do-ano.html
consegui muito do que desejei neste 2011. O meu balanço é novamente bastante positivo. Foi um ano ainda melhor do que eu esperava. Um ano muito preenchido, muito completo, um ano de reencontros, de mudança, de crescimento.
Para 2012, mantenho os desejos anteriores, quero continuar a aprimorar o que consegui até agora. Além disso, acrescento ainda uma dose maior de mudança à minha receita de sonhos, a tal mudança projetada e ansiada. Acima de tudo, que seja a mudança que preciso e não somente a que quero. Estou cheia de vontade de continuar!

Feliz 2012 para todos!

Acredito verdadeiramente que o melhor ainda está realmente para vir...


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Uma espécie de tristeza


Estranha sensação conhecida
do meu ser revolto,
de um surgir desconfiado
a um desaparecer magoado.
Uma espécie de tristeza
num vazio preenchido,
sufocante,
grito da alma
em silêncio aprisionado,
raiva contida,
suspiro pesado.
Lembranças, sensações,
memórias das emoções vividas,
sonhos frustrados,
numa ressaca da embriaguez
do desgaste extenuado
do meu ser apaixonado.
Estranha sensação.
Revolução.
Adimensional angústia,
aperto desesperante
da emoção pensada
no âmago do meu ser
ignorante.
Luz ténue e brilhante
no caminho sombrio da mudança.
Esperança.
Pausa em movimento
contínuo e demorado,
num tempo inacabado,
em direcção a um novo estado
do meu ser viajante.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Do passar do tempo

Fazer anos é algo de supremo.
Um momento a assinalar,
celebrando a magia do passar do tempo.
Do tempo para absorver
a energia do Mundo,
único,
e da natureza incompreendida.
Do tempo para beber dos Outros,
quais mundos dentro do Mundo.
Do tempo para partilhar
as lágrimas e os sorrisos,
as fraquezas e as forças,
num rodopio de emoções.
E, apesar das aparentes contradições,
errar, acertar,
aprender, melhorar,
cair e voltar a levantar.
Tudo faz parte
do tempo.
Do tempo para penetrar
no mar profundo do ser
e reconhecer
o valor
dentro de nós.
E, numa dança contínua,
seguir o caminho,
remendando o coração,
reconstruindo a alma,
preenchida de luz,
com o passar do tempo.
Tempo: presente da vida,
para um novo começar
neste momento eterno.


Escrito em 29/11/2011 (dedicado à cunhada Carmen, pelo seu aniversário)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Presente

Hoje é um dia especial. Cheguei aos 29 anos desta vida. Em tom de balanço, posso dizer que me sinto mais crescida, mais inteira, mais eu. A cada momento que passa. O conceito de presente tem, para mim, cada vez mais um significado muito profundo e simples. Estar aqui hoje, ter tantas Pessoas que se lembraram de mim e que mostram o seu carinho, ter a oportunidade de partilhar a vida com elas e crescer, devagarinho, é para mim, o verdadeiro Presente.


Deixo aqui uma prova desse carinho, uma demonstração de amor, sublime, como só o amor consegue ser. Este poema de Vinicius de Morais que se segue foi-me dedicado pela minha cunhada Carmen.



Procura-se um amigo

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos,
basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber
ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol,
da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor,
um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse
amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam
consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.

Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que
seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos
são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo
impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de
perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que
isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo
deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e
compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e
lastimar as que não puderam nascer.

Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova,
quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de
orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se
viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações,
dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de
água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da
chuva, de se deitar no capim.

Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a
vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo
para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em
busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou
chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de
que ainda se vive.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Criação (im)perfeita

Quero ler este livro de Marcello Gleiser.

A tal vontade...

Já há muito ando para escrever aqui. E tenho vindo a adiar a minha vontade de o fazer, por razões diversas. Agora, decidi que não vou adiar mais e vou simplesmente ocupar um pouquinho que seja do meu tempo a escrever o que me vai na alma. A lançar palavras ao vento... Com a chegada do Outono, tivemos uns dias quentes, muito quentes, demasiado para esta altura do ano, mas souberam bem. Apesar de alguns momentos muito agradáveis, os ânimos por cá por dentro também esquentaram um pouco demais. Talvez seja necessário de vez em quando. Talvez. Depois, chegou o friozinho e a chuva e o vento, muito. Sabe-me bem, apesar de tudo. Já tinha saudades do Outono, das folhas secas, das castanhas e do aconchego da manta no sofá, com a chuva a cair lá fora. E agora, veio Novembro, está tudo mais calmo cá dentro. E o calor que sinto é mais profundo e meu. Dei por mim, há dias a dizer que considero ser uma pessoa feliz, porque sou inteira. Já tinha pensado isto algumas vezes, mas desta tomei uma consciência diferente do que isso possa significar. Nestes últimos meses, o tão famigerado relógio biológico tocou, toca, tem tocado muito. E o toque tem aumentado de intensidade. Já deixou de ser uma "vontade" externa e um projeto para o futuro, é mais uma coisa cá de dentro, agora. Uma vontade que parece ir além do meu simples gosto (ou adoração?) por crianças e por pessoas em geral. Sinto vontade de criar vida, de transferir algo meu, de passar a um novo nível de sabedoria, essa que penso que só é possível quando criamos um outro ser e quando participamos de modo ativo, no papel principal, na sua educação. Quero crescer mais e mais. E sentir o tal amor incondicional por outro ser humano. O tal amor supremo de que as Mães falam. Como se o resto da minha vida já não fosse suficiente. Será esta a condição humana? Nada nos chega e nada é suficiente? Ou vamos sentindo necessidades diferentes conforme a passagem do tempo e o nosso crescimento enquanto pessoas? Talvez seja isso. Houve um momento de um destes dias em que senti uma sensação muito estranha e inédita em mim: pela primeira vez (que me lembre) senti uma falta de sentido na minha vida que me pareceu abissal. Nesse momento, pensei que a minha morte não seria algo assim tão pouco viável, tendo em conta que nesse momento, não via razões suficientemente válidas para continuar a viver. Como veio, essa sensação também se foi, desvaneceu-se mais ou menos rapidamente. E a tal vontade, vem. Surge muitas vezes. E, de modo autêntico, começa a permanecer. Toda e qualquer vontade similar das pessoas à minha volta não é nada comparada a esta, que é minha. Minha e independente de quaisquer pressões à minha volta e também da restante conjuntura que não é favorável à concretização imediata da minha vontade. Mas isso não importa, pois a tal vontade existe à mesma. Há que aprender a lidar com ela e a esperar pela sua desejada concretização.

domingo, 16 de outubro de 2011

Pôr-do-Sol

Uma das fotos mais bonitas que tirei, de um entardecer em Setembro (dia 6) que tive o privilégio de viver, num momento que fica num cantinho especial da memória.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pelo sentir

Para pensar...ou não...


«Entender, mais pelo Sentir que pela Razão
Uma verdade só o é quando sentida - não quando apenas entendida. Ficamos gratos a quem no-la demonstra para nos justificarmos como humanos perante os outros homens e entre eles nós mesmos. Mas a força dessa verdade está na força irrecusável com que nos afirmamos quem somos antes de sabermos porquê.
Assim nos é necessário estabelecer a diferença entre o que em nós é centrífugo e o que apenas é centrípeto. Nós somos centrifugamente pela irrupção inexorável de nós com tudo o que reconhecido ou não - e de que serve reconhecê-lo ou não? - como centripetamente provindo de fora, se nos recriou dentro no modo absoluto e original de se ser.
Só assim entenderemos que da «discussão» quase nunca nasça a «luz», porque a luz que nascer é normalmente a de duas pedras que se chocam. Da discussão não nasce a luz, porque a luz a nascer seria a que iluminasse a obscuridade de nós, a profundeza das nossas sombras profundas.

Decerto uma ideia que nos semeiem pode germinar e por isso as ideias é necessário que no-las semeiem. Mas a sua fertilidade não está na nossa mão ou na estrita qualidade da ideia semeada, porque o que somos profundamente só se altera quando isso que somos o quer - e não quando nós o deliberamos. Assim nasce um desencontro quantas vezes entre a mecânica dos nossos raciocínios e a verdade que em nós já é morta. No hábito dos gestos, as mãos tecem ainda na exterioridade de nós a plausibilidade do que em nós já não é plausível. Então nos é necessário substituirmos toda a aparelhagem de que nos serviríamos e já não serve. Surpresos olhamos quem fomos porque já nos não reconhecemos.
Atónitos perguntamos como foi possível?, quando, onde, porquê?, ao espanto da nossa transfiguração, ao incrível da cilada que nós próprios nos armámos, mesmo quando foi a vida que a armou; porque tudo quanto é da vida, e dos outros, e dos mil acontecimentos que quisermos, só existe eficaz e real quando abre em evidência na profundidade de nós. Como aceitar assim a força da razão, se a força dela está onde ela não está?»

Vergílio Ferreira, in 'Invocação ao Meu Corpo'

quarta-feira, 27 de julho de 2011

4 anos

Hoje faz 4 anos que vivemos cá em casa, juntos. 4 anos que este é o nosso cantinho. Apesar de algumas situações menos agradáveis, tem sido o nosso refúgio, no qual já vivemos momentos muito felizes, a dois, a três e também com as outras pessoas muito importantes da nossa vida - família e amigos. Sem dúvida, uma data a celebrar.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mais do que uma contagem de tempo...

E Julho já cá canta!Ou melhor: escreve...Estive a escrever agora algo que já andava há algum tempo para escrever. Soube-me bem. A escrita está para mim, como o Sol para o Verão. Preciso dela. Até posso aguentar uns dias sem ela, mas não é a mesma coisa!...
Nem sempre sai bem, nem sempre apetece, nem sempre se consegue. Como diria a minha Amiga Lua, é, por vezes, um processo complexo. Mesmo assim, é uma das minhas paixões. Entre outras coisas na minha vida, escrever é um outro modo de fazer com que a minha vida faça diferença.


Tenho reflectido muito acerca da minha postura na vida. Há dias em que me parece que o meu tempo é tão mal aproveitado. Sinto que o trabalho que faço é tão inútil e que a minha energia está a ser desperdiçada, quando a poderia usar para ajudar a tratar de causas mais nobres. Quando vou a conduzir para ir trabalhar e vejo amigos de 4 patas abandonados, fico destroçada e ainda mais revoltada, porque parece que eles certamente iriam apreeciar mais o meu trabalho e a minha companhia do que certos bichos humanos com quem me deparo diariamente. Depois, penso um pouco mais e vejo que também uso energia em coisas muito importantes. Pelo menos, tento fazer a diferença, quase sempre guiada pela minha intuição. Vivo muito tudo, o que não é fácil. Sou muito "transparente", num mundo em que a honestidade escasseia e, no qual, é uma luta constante ser-se autêntica e "sobreviver" em simultâneo. Sou assim...rio muito, choro muito, sorrio imenso, grito, sussurro, fico calada (muito poucas vezes!...), revolto-me, contemplo, espero, desespero, compreendo, tolero, manifesto-me, abstenho-me, falo calada, ajudo, complico, erro, levanto-me, caio e volto a levantar-me. Sou. Quero ser mais. Quero crescer. Orgulho-me realmente disso.
Vivo muito além de somente existir. Luto. Vivo... para que esta minha vida seja mais do que uma simples contagem de tempo.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sentido

Acabei de fazer uma pequena reflexão acerca de um pequeno acontecimento do meu dia. Há minutos, salvei uma borboleta que estava há pelo menos 1 dia na porta do prédio onde moro, do lado interior. Ela estava presa e eu, simplesmente, apanhei-a e suavemente, deixei-a a voar do lado de fora, desse lado onde tudo o resto acontece. Ela resistiu bastante antes de eu a conseguir apanhar, qual pessoa pensante, com medo da morte ou de ser ferida pelas minhas mãos. Na vida, nós bichos humanos, fazemos tantas vezes o mesmo, pensamos que o que nos acontece tinha o objectivo de nos complicar a vida, por vezes, de modo fatal. Não será tudo ao contrário? A minha acção ajudou a borboleta a seguir o seu caminho, pois era isso que ela procurava e não conseguia encontrar, pois havia um vidro a separá-la disso. Na vida, as coisas que fazemos uns aos outros e as outras que acontecem, sem que nos apercebamos da sua verdadeira causa e do seu propósito, têm, para mim, um sentido maior que ultrapassa a nossa compreensão. Talvez. Eu acredito nisso. Portanto, por pior que tudo nos pareça, muitas vezes, provavelmente são os tais pontos negros na página branca, necessários e fundamentais para que tudo flua no Universo em equilíbrio. Nós é que nos esquecemos de ver o resto da folha que é tão maior!

terça-feira, 21 de junho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

Celebrando...

"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem."

Antoine de Saint-Exupéry

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Partilha

Viver é uma partilha constante de partes de um todo infinito. É absorver conhecimento uns dos outros nesta teia infindável de experiências e de crescimento.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Cabecinha pensadora

Viver é como viajar num veleiro. Navega-se ao sabor do vento. E enquanto se navega faz-se tanta coisa, em simultâneo!...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Presente

Um Momento.
Presente. Aqui. Agora.
Oferta divina, prenda terrena.
A calma atarefada da Natureza,
O reboliço arrastado da vida humana.
Ocupações. Preenchimentos vazios.
Memórias, projecções
De um passado longínquo,
De um futuro anterior.
Sonhos, desejos
De uma evolução que tarda.
Presente inabalável
Que não começa nem acaba.
Pensamentos, emoções,
Sensações vividas e pensadas.
Construções mentais,
Pensamentos, lembranças,
Questões, perguntas,
Memórias questionadas.
Ciclo vicioso de emoções repensadas.
Tudo flui num respirar contínuo.
E surge um novo começar,
Numa teia infindável
Como a prenda da vida.
Interminável.
Como o momento presente.
Aqui e agora.
Sempre.


Escrito em 28 de Abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Liberdade

Comemoramos hoje a Liberdade. Comemora-se algo que é um valor tão fundamental e tão raro nos nossos dias, sobretudo no que diz respeito ao seu verdadeiro significado e no que toca a assumirmos realmente a nossa liberdade indivuidual e a de todos. Outra grande verdade é o facto de a liberdade estar intimamente associada à autonomia e à responsabilidade...Por isso ou apesar disso, há tantas pessoas que não querem ser livres! Ser livre dá trabalho. E aqueles que tentam impedir os outros de ser livres é porque também têm medo de o ser...pois não encontram força em si mesmos. Não fazemos todos um pouco (Mais ou menos) isso de vez em quando?
Dá que pensar...

domingo, 24 de abril de 2011

O Enigma de Einstein

Hoje, deixo aqui um enigma. Segundo li, este enigma foi concebido por Albert Einstein em criança! Diz-se que apenas 2% da população seria capaz de encontrar a resposta correcta. Ingredientes para a resolução: lógica e paciência.

Aqui vai:

Existem cinco casas, pintadas de cinco cores diferentes. Em cada casa vive uma pessoa de nacionalidade diferente. Cada um dos cinco proprietários das casas bebe um determinado tipo de bebida, pratica um determinado desporto e tem um determinado animal de estimação. Nenhum dos proprietários tem o mesmo animal, pratica o mesmo desporto ou bebe a mesma bebida. Quem tem o peixe?

Os factos:
1. O inglês vive na casa vermelha.
2. O sueco tem cães como animais de estimação.
3. O dinamarquês bebe chá.
4. A casa verde fica à esquerda da casa branca.
5. O dono da casa verde bebe café.
6. A pessoa que joga futebol cria pássaros.
7. O dono da casa amarela joga basebol.
8. O homem que vive na casa do meio bebe leite.
9. O norueguês vive na primeira casa.
10. O homem que joga voleibol vive ao lado do que tem gatos.
11. O homem que tem o cavalo vive ao lado do que joga basebol.
12. O proprietário que joga ténis bebe cerveja.
13. O alemão joga hóquei.
14. O norueguês vive ao lado da casa azul.
15. O homem que joga voleibol tem um vizinho que bebe água.

Dica: A chave para resolver este enigma é criar uma grelha. Uma coluna para cada uma das cinco casas e cinco linhas para nacionalidade, cor da casa, tipo de bebida, tipo de desporto e tipo de animal de estimação.



Eu consegui resolver!!

Bom desafio!



Nota: Este enigma foi retirado do seguinte livro: O Enigma de Einstein de Jeremy Stangroom, obra esta muito interessante, que contém enigmas, paradoxos e adivinhas para desenvolver a mente. Recomendo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Leituras - continuação

Agora, entre outras coisas, ando a ler (comecei hoje...) A Arte da Meditação de Matthieu Ricard. Foi um daqueles livros que me chamou a atenção, tipo íman. Aconeteceu-me isso com outro livro, mas desta vez direccionado para outra pessoa: O Enigma de Einstein de Jeremy Stangroom. Este foi logo associado ao meu querido sobrinho!...
Aquilo que procuramos vem mesmo ao nosso encontro. De modos diferentes, com objectivos diferentes, mas vem. E vem no momento certo.

48 anos: uma questão de amor

Hoje é um dia especial: faz 48 anos que os meus pais se casaram. É mesmo muito tempo. Dá que pensar, especialmente numa altura em que as relações duram tão pouco tempo. Quais os mistérios por detrás de ligações tão longas?

Cá para mim, é tudo uma questão de energia: uma questão de amor. Entendamos, pois, estes fenómenos com o coração consciente e não somente de modo racional. Eu ando a fazer um esforço nesse sentido.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Leituras

Li e recomendo os seguintes livros:

A Profecia Celestina de James Redfield e Muitas Vidas, Muitos Mestres de Dr. Brian Weiss.

Alguns excertos do livro de Redfield:

"Toda a obra da vida de Einstein foi mostrar que o que percepcionamos como matéria sólida é, na sua maior parte, espaço vazio atravessado por energia. E isto inclui-nos a nós próprios. (...) o material básico do universo , na sua essência, parece ser constituído por uma espécie de energia pura, que se mostra permeável às expectativas humanas (...)"

"Quando alguém se cruza no nosso caminho, traz sempre uma mensagem para nós. Encontros fortuitos são coisa que não existe. Mas o modo como respondemos a esses encontros determina se estamos à altura de recebermos a mensagem."

Essência

«O ser humano ama, porque o amor é a essência da sua alma. Por isso não pode deixar de amar.»

Léon Tolstoi

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pensamento

"Penso 99 vezes e nada descubro. Deixo de pensar, mergulho no silêncio, e a verdade me é revelada."

Albert Einstein

Pensemos menos e meditemos mais.

domingo, 27 de março de 2011

Reencontro de Amigas - parte 3

Na sexta-feira, houve reencontro de amigas. Desta vez, ao grupo do reencontro inicial, juntou-se outro elemento do círculo. O primeiro contacto deu-se através do Facebook: as maravilhas das novas tecnologias!

Aqui ficam imagens desses momentos:





5 semanas, 3 quilos

Pois é, em 5 semanas consegui sem muito esforço, só com algum cuidado e um pouco de exercício perder 3 quilitos que estavam a mais! Agora, faltam pelo menos outros tantos.
A ver...

quarta-feira, 23 de março de 2011

Abençoada Primavera

Esta Primavera veio de mansinho, cheia de energia. O fim de semana foi muito solarengo e soube a algo de sublime e abençoado. Deu para recarregar baterias que tanta falta fazem nestes dias que estão a ficar maiores, nesta fase de transição. Uma manhã na praia, um almoço em boa companhia e uma tarde na conversa ao Sol. Bem bom!

terça-feira, 15 de março de 2011

Piano

O meu fim de semana foi muito agradável. Por múltiplas e variadas razões, uma em especial. Entretanto, uma das coisas que foi muito boa para mim foi o facto de ter tocado piano, pela primeira vez em meses!... Estou tão enferrujada...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Manhã ligeiramente atribulada

Hoje tive mais um episódio da saga aeroporto. Depois disso, fui trabalhar e semi-atropelei uma senhora na rua...Ela simplesmente decidiu atravessar no meio da rua, fora da passadeira e, de repente, resolveu voltar para trás, virou-se sem olhar, muito rapidamente e eu já não tive hipótese de parar. O carro ainda lhe bateu, mas não foi nada. Eu parei e perguntei se estava tudo bem e a senhora pediu desculpa. Mas não foi nada, felizmente, para além do susto. Logo a seguir, noutra rua um homem bate-me no carro com o braço a reclamar sabe lá Deus de quê...Anda tudo louco! Deve ser da chuva!

Protesto "Geração à Rasca"

No último sábado, dia 12, saí à rua e protestei. Estive bem no meio daquela multidão no coração do Porto. Foi lindo ver tanta gente unida por uma causa comum. Não uma mas várias gerações à rasca.

Este foi o conteúdo da minha folha de protesto:


PROTESTO
- Porque faço parte desta geração enrascada.
- Porque já trabalhei a recibo verde, dando aulas e tendo as obrigações de um professor, mas sem justa remuneração e sem qualquer segurança. Nos períodos de férias escolares, nos quais trabalhava, nada recebia por isso.
- Porque “estagiei” sem remuneração após a licenciatura, dispondo-me a trabalhar gratuitamente para adquirir experiência profissional.
- Porque já fui explorada num trabalho com isenção de horário e submetida a condições de trabalho insuficientes.
- Porque o meu vencimento mensal foi sempre abaixo dos 1000€, desde há 5 anos, e tem vindo a diminuir. Porque vejo pessoas licenciadas a receber pouco mais que o salário mínimo nacional. Porque o salário mínimo nacional nem sequer é um vencimento digno para nenhum profissional, tendo em conta o custo de vida do país.
- Porque considero que o mérito e o empenho das pessoas devem ser reconhecido, como factor de selecção e de evolução no mercado de trabalho.
- Porque as mulheres não deveriam ser discriminadas no mercado de trabalho.
- Porque me custa aceitar que a emigração seja a única saída aceitável para a minha vida, para que possa viver uma vida digna, para que possa ter acesso à cultura, para que possa ter filhos…
- Por mim e pelas gerações que me seguem.


Soluções propostas
- Mudanças estruturais ao nível da educação, com particular ênfase para o 1º ciclo do ensino básico e até no ensino pré-escolar. Alterações na gestão dos cursos e das vagas do ensino superior, bem como da avaliação de competências/vocações para o acesso, com especial atenção para as áreas da saúde e da educação. Actuação ainda sobre os cursos profissionais, ao nível da diversificação das áreas e da qualificação dos professores/formadores, bem como da respectiva coordenação. Maior aproximação das escolas ao mercado de trabalho.
- Ao nível das empresas, promover a criação de incentivos à contratação de colaboradores. Controlar/Fiscalizar e punir as empresas que mantêm trabalhadores em situações precárias (falsos recibos verdes, por exemplo).
- Integração de psicólogos (tantos desempregados!) nas escolas, nas empresas públicas e privadas, em todas as instituições, pois o seu trabalho é válido e fundamental para o bom funcionamento geral.
- Aumento do salário mínimo nacional e dos salários em geral, segundo qualificações e tarefas desempenhadas. Este aumento poderá permitir um aumento da produtividade, bem como potenciar o consumo. Com os salários praticados actualmente para a maioria das pessoas, a Economia pára ou morre.
- Corte da catadupa de benefícios de tantos elementos do governo e da restante classe política, etc. e redistribuição da riqueza pelo País. Portugal somos todos nós!

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sobre a solidão

"A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo."
Soseki Natsume

Momentos nossos, aqueles momentos em que estamos sozinhos, são agradáveis. Consegui voltar a encontrar prazer nesses momentos, o que para mim é uma vitória, sinónimo de evolução interior.
No entanto, começo a sentir que esses momentos têm vindo em catadupa e muito adjacentes. Começo a sentir um certo desgaste em relação a isso. Acima de tudo, vejo que, nestas alturas em que a família de casa está parcialmente ausente (a Noa está aqui!), se percebe como quase toda a gente anda ocupada com as suas vidas, como olham para o seu umbigo somente e se esquecem dos outros, daqueles que até são importantes nas suas vidas (ou eram!)e nunca arranjam tempo para simplesmente estar (ou falar ou escrever) com eles. Mesmo sabendo que estão mais sozinhos e carentes. O tempo, essa eterna desculpa...
Tento reflectir e não me parece que tenha feito o mesmo aos outros em algum momento em que soubesse que "precisavam" de mim...Por isso, não entendo muito bem. A verdade é que, provavelmente, tenho que aceitar que as pessoas mudam e continuar a aceitá-las como são agora. Ou eventualmente, reconhecer que não as conhecia tão bem assim. Acima de tudo, deixar de medir as pessoas pela minha unidade de medida. Porque essa é quase sempre tão diferente. Melhor ou pior? Não sei, á simplesmente diferente.
Acima de tudo, ficar grata por haver pessoas que se lembram sempre (ou muitas vezes) de mim. Que demonstram o seu amor, seja de que forma for. E ter uma pessoas quadrúpede que me mostra isso a toda a hora. Não sofro de solidão. Somente por vezes sofro por estar sozinha.

sábado, 5 de março de 2011

Desperdício

'A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade'.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 3 de março de 2011

The way

"It's not the load that breaks you down, it's the way you carry it." - Lena Horne

terça-feira, 1 de março de 2011

Em Março...

"tanto durmo como faço";)

Começou o mês em que tudo renasce.
Renasçamos também.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Esperança

A felicidade é a alma do contentamento, mas sem o conformismo. Já que o contentamento mata ansiedade, e o conformismo mata a esperança.
Rener Brito

Chamemos esperança ao que sinto, pois não sou nada conformista...

Paciência versus Ansiedade

"Precisamos ser pacientes, mas não ao ponto de perder o desejo; devemos ser ansiosos, mas não ao ponto de não sabermos esperar."

Max Lucado

Gostava de ser assim tão sábia e desejar somente em vez de tanto ansiar!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Novas tecnologias

As novas tecnologias são algo de fenomenal que permite contactar as pessoas, num mundo em que a presença física é, por vezes, impossível. Minimiza a distância entre as pessoas nessas circunstâncias. Conseguimos falar, escrever, ver as pessoas, quase como se elas estivessem mesmo ali à nossa frente. Quase...porque não é de todo a mesma coisa e torna-se verdadeiramente frustrante. Falta o toque, o calor, o cheiro, tudo...tudo o que é tão importante. E nessas alturas, funciona tudo ao contrário e, em vez de minimizar a distância, parece que a aumenta e dá vontade de mandar a tecnologia para um lugar que fica ali mesmo abaixo de Braga!...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Faltam...

5 dias para chegar a sexta-feira, dia 25!...

Caminhada à chuva

Hoje, participei numa caminhada de 3 km na minha cidade, numa iniciativa da EDP Gás, para ajudar a Liga Portuguesa contra o Cancro. Fui com a Amiga Lua e foi bastante agradável. Mesmo chovendo. Soube bem. Contas feitas, incluindo as duas outras pequenas caminhadas que fiz, foram cerca de 8 km hoje. Se fosse assim todos os dias, estava mais em forma, certamente.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Geração à rasca

Deolinda - Parva que sou
Música e letra: Pedro da Silva Martins

Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.


Isto dá que pensar! E que chorar também...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

"Cry to me"

When your baby leaves you all alone
And nobody calls you on the phone
Ah, don't you feel like crying?
Don't you feel like crying?
Well here I am my honey
Oh, come on you cry to me.

When you're all alone in your lonely room
And there's nothing but the smell of her perfume
Ah don't you feel like crying
Don't you feel like crying?
Ah don't you feel like crying?
Come on, come on cry to me.

Well nothing could be sadder
Than a glass of wine, all alone
Loneliness, loneliness, it's such a waste of time
Oh-oh yeah

You don't ever have to walk alone, oh you see
Oh come on, take my hand and baby won't you walk with me?
Oh ya

When you're waiting for a voice to come
In the night and there is no one
Ah don't you feel like crying? (cry to me)
Don't you feel like crying? (cry to me)
Ah don't you feel like a-ca-ca-cra-co-cra-co-cra-cra, (cry to me)
Cra-co-cra-co-cra-cra crying? (cry to me)
Ah don't you feel like a-cra-co-cra-co-cra-cra,
Cra-co-cra-co-cra-cra crying?...

Solomon Burke

Nós ficamos

Ele vai
Eu fico
Nós ficamos
Eu fico
Ela fica
Eu e ela ficamos
Nós também ficamos
Ele vai
Eu fico
Ele fica também
Nós ficamos
Aqui

Coração triste

Hoje, por mais que tente contrariar, sinto o coração apertado.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Respeito

Respect, 尊重, el respecte, σεβασμού, opsigte, уважение, respect, quantum, rispetto, respect,... Deveria ser universal, independente da língua.
Falta tanto nas nossas vidas, pois implica uma consciência do outro como pessoa e esta é um pouco rara nos seres humanos. Se não formos tratados com respeito, educados com respeito, como vamos mais tarde saber respeitar, saber o que é o respeito?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Quase Fim do Mundo

E lá ando eu a ler este livro de Pepetela, continuando a ler após a pausa para o Harry Potter e as suas Deathly Hallows...continuando a acreditar que o tal fim do mundo de que tanto se fala seja mais um fundamental e inevitável período de mudança que já estamos a passar e o início de um mundo novo. Ah pois! que este bem precisa de uma reciclagem profunda!

Deprimente

Dizem que 2ª feira, dia 24 de Janeiro, foi o dia mais deprimente do ano. Ontem, foi pior, para mim. Senti-me bem mais triste do que na 2ª. Tive uma notícia que veio sublinhar a estupidez e a maldade humanas, reforçando que os "pequeninos", em termos financeiros, são aqueles que continuam a pagar a factura neste mundo cruel. Mas esses pequeninos são grandes em honestidade, conceito alheio e algo perturbador para os "grandes" (ou mais ou menos grandes) do dinheiro.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

No domingo...

passeou-se...


Somewhere over the rainbow

Somewhere over the rainbow
Way up high,
There's a land that I heard of
Once in a lullaby.

Somewhere over the rainbow
Skies are blue,
And the dreams that you dare to dream
Really do come true.

Someday I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far
Behind me.
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me.

Somewhere over the rainbow
Bluebirds fly.
Birds fly over the rainbow.
Why then, oh why can't I?

If happy little bluebirds fly
Beyond the rainbow
Why, oh why can't I?


Judy Garland

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

22 anos...de transformações

Há 22 anos atrás, perdeu-se uma pessoa muito importante na minha vida. Acima de tudo, deu-se um acontecimento extremamente marcante na minha vida: a minhá avó materna faleceu. Com isso, e tudo o que acarretou, todas as outras perdas que senti, passei por uma das fases mais complicadas da minha vida. Ainda hoje pago a factura dessa conta. No entanto, além da parte menos boa, foi algo que permitiu, em parte, que eu fosse quem sou agora.
Falo de perdas, mas deveria estar a falar de transformações, pois não acredito que as pessoas se percam, muito pelo contrário! As pessoas transformam-se, a vida muda, mas nada se perde totalmente. Já lá dizia o génio de Lavoisier, na sua Lei.

Vira o disco e toca o mesmo!

Desta vez, o disco nem sequer virou propriamente!...Após uma campanha em que se estourou mais uns milhares ou milhões, sei lá!, lá se elegeu...suspense...ah! o mesmo presidente. Que a gente por cá não muda muito, não vá a coisa dar ainda mais para o torto, mais vale não arriscar! Muitos de nós (mais de metade) até acharam por bem não votar, afinal não vale a pena! Cansa e não serve para nada exercer o nosso direito tão duramente adquirido e dever cívico fundamental. Com o medo que anda por aí, eu diria que já voltamos à ditadura há algum tempo!...
Mas eu até percebo esta gente. As pessoas estão cansadas de palhaçada. E acharam que não votando, estariam a mostrar revolta ou algo semelhante. No entanto, o resultado não foi afectado e foi tudo dar quase ao mesmo.
Palhaçadas indesejáveis, como por exemplo, terem feito uma confusão para darem com o número de eleitor do maridinho e uma perda de tempo com o meu, quando ao entregar o BI (ainda não tenho o cartão de cidadão), anunciei de imediato o meu novo número de eleitora...Outro caso foi a palermice de não haver sistema pronto para quem já possui o maravilhoso e inútil até ao momento cartão do cidadão. Na verdade até serviu para algo: para chatear e colorir o momento do voto, basicamente dar que falar e reclamar um pouquinho mais. Que isto neste país, faz-se muito pouco: fala-se, vende-se, mente-se e rouba-se bastante, mas fazer mesmo algo, isso são favas contadas lá do tempo dos Descobrimentos.
O único ponto positivo foi ver um candidato sem máquina partidária a conseguir uma percentagem considerável de votos! Isso e o facto de o cargo de Presidente da República ser, como alguém ontem dizia sabiamente, mais um elemento decorativo!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Problema dos chapéus

Aqui fica uma das versões (descobri entretanto que existem várias) deste problema que me foi colocada hoje:

"Três homens numa fila sabem que têm na cabeça três chapéus, escolhidos de um grupo de cinco, em que três são cinzentos e dois são pretos. Além disso, cada um só vê os chapéus daqueles que estão à sua frente. Pergunta-se-lhes então que chapéus têm na cabeça e o que está mais atrás diz: não tenho dados que cheguem para responder. Depois de ouvir isto, o que está no meio diz o mesmo. Pergunta-se: O chapéu do que está à frente é cinzento ou preto?

Eu já percebi, mas como as hormonas me estão a afectar negativamente os neurónios, não foi lá muito fácil.
Divirtam-se!

Hormonas safadas

Isto de ser pessoa tem muito que se lhe diga. Isto de ser "pessoa-mulher" então!...

Hoje, à conta das safadas das hormonas o meu humor foi bastante variável e esforçado. A minha sensibilidade está em níveis proibitivos. Não sei se ria ou se chore, mas talvez vá fazendo um pouco de ambas. Talvez seja melhor não tentar controlar, nem tão pouco entender.
Mas, tirem-me deste filme, por favor!

Tudo quanto sou...

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."


Ricardo Reis


Hoje, logo de manhã, reflecti um pouco (para juntar ao que já faço a quase todo o momento!...)acerca da minha situação profissional actual. Apesar de não estar a fazer aquilo que realmente gostaria, acabo por retirar algum prazer do trabalho, porque pelo meio das tarefas redutoras ou simplistas, dos assuntos já debetidos e rebatidos e gastos, de algumas pessoas menos agradáveis, tenho o reverso da medalha. Conheço pessoas interessantes, aprendo sempre alguma coisa (por pouco que seja), mesmo não estando relacionado directamente com o trabalho em si, acima de tudo lido com pessoas e tento melhorar-lhes a vida de alguma maneira, embora nem sempre isso aconteça. Tento que o meu sorriso passe para a vida das pessoas. E faço-o o mais honestamente que consigo, tendo em conta as contingências do mundo do trabalho. Consigo também trabalhar em casa, o que é óptimo, pois estou no meu ambiente e não tenho que ir para um escritório com ambiente pouco aconselhável todos os dias, como o tinha que fazer antes...
Resumindo, a verdade é que, continuando a sonhar em fazer outra coisa da vida (ou outras coisas!), sinto-me bem, a viver o momento. E, tentando não me desgastar desnecessariamente e mantendo tudo no lugar, faço como no poema e ponho tudo quanto sou no mínimo que faço. Não sei fazer de outra maneira. Mas faço-o agora mais serenamente, porque fui bem acolhida. Espero que seja suficiente.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Experiência

Enviaram-me esta redacção e resolvi partilhá-la aqui, pois identifiquei-me com a essência das palavras que fazem tanto sentido!



REDAÇÃO DO CONCURSO NA VOLKSWAGEN
No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: 'Você tem experiência'?
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos.
Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.

REDAÇÃO VENCEDORA:

Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar, Já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo. Já confundi Sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, Já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, Já subi em árvore pra roubar fruta. Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas,
Já escrevi no muro da escola,
Já chorei sentado no chão do banheiro,
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando. Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, Já me joguei na piscina sem vontade de voltar, Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios, Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: 'Qual sua experiência?'.
Essa pergunta ecoa no meu cérebro:
experiência...experiência...Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta
pergunta:
Experiência? 'Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?'.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Receita de Ano Novo

Enviaram-me hoje esta receita. Pareceu-me tão "saborosa" que resolvi partilhá-la.


"Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegrama?).

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."


Receita de Ano Novo :: Carlos Drumond de Andrade