segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Tempo (Falta...)

O tempo, o tão precioso tempo, que me falta para me dedicar ao desenvolvimento do meu blog...
Falta de espaço mental também... Mas, quando menos esperarem, cá voltarei!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Tempo


Um suave gotejar
de ritmo constante,
por vezes errante
no seu modo de passar.
Faz falta e faz faltar
com seus passos misteriosos
e modos curiosos
faz mesmo esperar.

Esperar, desesperar.
Seus requintes respeitar.
Saber aproveitar as gotas,
gotejando momentos.

Os seus passos misteriosos,
num suave gotejar
chegam bens preciosos
e estão sempre a passar.

Dança


Está longe
o teu corpo,
o teu respirar,
as tuas mãos, quais pincéis
traçando o desenho
luminoso da minha alma
a dançar.
Dança agora
uma valsa triste
com desejos de tango
sedutor;
guarda a doçura salgada
da tua boca
para mais tarde partilhar
uma e outra vez,
até me cansar.
E depois recomeço,
sem nunca terminar.

Acorda agora e vem dançar.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Crítica

Ao analisar aquilo que escrevi, noto uma evolução considerável - no sentido positivo em vários sentidos. Os meus poemas de adolescente eram imaturos, fruto da minha visão da vida. Bem, não tão imaturos assim, mas em comparação com o que sou, com aquilo que sinto agora, estão bastante aquém...

Como já disse e repeti várias vezes, adoro escrever. Espero conseguir escrever sempre mais e mais. E melhor. Por vezes, sinto-me insegura e um pouco incapaz de escrever como antes.
Mas depois páro para pensar um pouco e descubro que não é bem assim.

Muito do que escrevi correspondeu a momentos tristes, digamos. A tristeza, a revolta interior e a força que sentia (e sinto) dentro de mim serviam-me de base, de inspiração. No entanto, a verdade é que, mais recentemente, dei por mim a escrever mais vezes por outras razões bem melhores. Espero continuar assim. Acredito que sim.
Acima de tudo, que a escrita continue a ser uma das minhas principais formas de liberdade. E que, como a mim a mesma, proporcione prazer a quem a ler.

segunda-feira, 9 de julho de 2007



O rio

O amor é como um rio
que começa pequenino,
e com todo o seu brio
aumenta, aumenta...

Esse rio desce a encosta da montanha
e vai crescendo devagar;
passa por tudo e tudo banha,
indo em direcção ao mar.

Passar por casas e ilusão,
por pontes e flores;
pois assim é o coração
de todos os amores.

Um dia, o rio fica poluído,
cheio de lixo e poeira,
como o coração ferido,
mesmo que a gente não queira.

E depois acaba o rio,
porque já beijou o mar,
pois também tem fim
a experiência de amar.

Escrito a 13 de Agosto de 1996


Escrevi este poema aos 13 anos. Representa uma das perspectivas do amor. Uma das perspectivas da adolescente que eu era na altura.
O amor sempre constituiu tema principal de tudo o que escrevo. Isto porque considero que o amor é a "coisa" mais importante da vida. Para mim, está sempre presente, de uma forma ou de outra.



Definir o amor



«O amor não é bem um encontro de verdades. É melhor! É confiarmo-nos a alguém e entregar, pela mão dos olhos dele, o nosso olhar ao desconhecido, guiados pela esperança de vir até nós "um infinito de nós dois".»

in Chega-te a mim e deixa-te estar, Eduardo Sá



Tanta gente já tentou definir o amor. Até eu...vou tentando. Este excerto de Eduardo Sá é um dos melhores que já li.

Íntimo II


O inesperado esperado
acontecimento,
que permanece em cada momento.
À nossa volta e bem cá dentro.
Entre Nós.
A humidade quente do beijo,
a doçura salgada das palavras,
o carinho ternurento do toque extasiado.
A serenidade da presença.
As Tuas mãos nas minhas mãos.
Encaixadas. Repousadas.
A Tua boca na minha boca aberta para ti.
O teu corpo no meu corpo pronto para te abrigar.
A tua alma dentro de mim. A morar.
Medo. Porque é bom demais!
Sorriso sincero, olhar guloso...
Desconhecido conhecido. Quando não sei.
Mistério por desvendar e descoberto.
Tesouro encontrado.
Só para mim.
Querer mais e mais...
O vazio preenchido da tua ausência.
Lágrimas que não gostas. Silêncio musical.
Grito. Gritar.
Cantar, dançar, como se não houvesse amanhã.
Alegria.
Fúria. Raiva.
Êxtase.
Sorrisos. Gargalhadas apetitosas.
O bater do teu coração, ao som da vida.
Olhar arregalado. Contrariedades.

Razões irracionais.
Sonhos reais. Vivos. Memória.
Morno.
Erupções constantes do vulcão da ansiedade.
E a culpa é da vontade.
Tempo. Espera. Desespero.
Respirar.
Tristeza. Frustração.
Olhar em frente. E para todos os lados.
Levantar e cair. E voltar a levantar.
A cada momento, um novo começar.
A vontade é a responsável.
Desejo puro. possessão. Ciúme safado, legítimo.
E tudo mergulha num mar de tranquilidade.
Profunda. Profundo.
Um segredo só nosso e do resto do mundo.
No vento, nas folhas, em cada gota de água.
Numa flor, numa teia, no sangue, na brisa,
nas ondas, no deserto molhado e no seco também.
No suor, nas estrelas.

A mudança, os ponteiros do relógio, os números do calendário,
a dança do tempo.
O amadurecer da fruta da árvore da vida.
Aquilo que permanece.

Esse teu eu que é tão meu e é teu.
E sou eu também.
Aconchego. Abraço da magia real, sem truques falsos.
O teu cheiro. Cheira a casa. E ao cume
de uma montanha bem alta. E ao fundo do mar.
Parte de mim. Indispensável.

Unidos por um laço de pontas soltas, bem enlaçadas,
dançando ao ritmo da vida.
Ao sabor do momento.

A força frágil que nos move. Sempre.
Dói e cura.
E nada chega e tudo é suficiente.
Claridade. Luz. Que me ilumina e guia.
No "escurinho", ensina-me o caminho.
O autêntico do acontecimento. A tua alma
entrando na minha.
E permanecendo. Intemporal.
Aqui e agora.

Escrito a 4 de Novembro de 2006

Íntimo


Felicidade:
O momento em que te vejo
Depois de te olhar.
Vontade de ficar
perto, mais perto, tão perto!
O desejo de tocar
Na superfície do teu fundo
Profundo
E beijar
A tua alma
Calma.
Respirar a tua pele
E cantar a tua voz
E no teu abraço me libertar.

Descobrir a cada instante
Esta paz verdadeira
Este sonhar acordada
Na misteriosa realidade,
Onde o fim é um novo começar,
Que me faz adormecer
Despertando
Em ti,
Onde me perco para me encontrar.

Escrito a 11 de Junho de 2005

Aqui e agora


A Vida, com o passar dos anos, ensina-nos muitas coisas. Quanto mais o tempo passa, mais aprendemos e mais temos ainda para aprender.
A idade preenche-nos a alma, cada vez mais. Tornamo-nos mais ricos e mais sábios. (E cada vez sabemos menos também...lol!) Tornamo-nos cada vez mais bonitos, iluminados. (Rugas à parte...)
Cada momento que passa vamos aperfeiçoando as lições da vida, aprendendo um pouquinho mais do que é e de como SER FELIZ. E descobrimos que a felicidade não é um fim, um destino em si, mas sim um caminho, o nosso próprio caminho.

A FELICIDADE É AQUI E AGORA.


Escrito a 26 de Agosto de 2006


O jeito que dava, às vezes, (ou muitas?!), o pensatório do Dumbledore!...

ORDEM DENTRO DO CAOS DAS SENSAÇÕES, DOS PENSAMENTOS, DAS EMOÇÕES, DE TODO ESTE TURBILHÃO QUE ME INVADE E, APESAR DE TUDO, ME LIBERTA, ME DÁ SERENIDADE.

Uns olhos que são os meus, mas que vão vendo de um outro ponto de vista. Novo. Amadurecido. Um pouquinho mais MADURO e SERENO.

Ser MULHER é simplesmente indiscritível. As vantagens desta sensibilidade única que só pode vir deste ciclo que nos rege, a nós mulheres e a todo o Universo. De VIDA.

Que nos une e que nos
LIBERTA.

EQUILÍBRIO.

DAR
Tudo por 1 MOMENTO FELIZ.

Saber, aprendendo, a detectá-Lo
e
APROVEITÁ-LO ao MÁXIMO
dando-lhe o valor de 1 VIDA.

São 2:31.
'Tou cansada.
'Tou feliz.

Escrito a 2 de Agosto de 2006

Balanço ano 2005


A vida é, para mim, uma busca intensa da tal FELICIDADE. mas como a Felicidade só existe em momentos, temos que fazer uma busca contínua de novos momentos. É essa a nossa razão de existirmos. Pelo menos, pelo que entendo, é a minha.
Diz-se que a Felicidade vem das coisas simples. que precisamos de muito pouco para sermos felizes. Eu concordo plenamente. A questão é que esse "pouco" está muitas vezes escondido e é difícil de encontrar. Ou então, sofremos de alguma espécie de cegueira crónica e não o vemos, simplesmente, mesmo quando está à frente do nosso nariz. É, neste sentido, que a vida é estúpida. Ou seremos nós?
às vezes, parece que por mais que procuremos, só conseguimos afastarmo-nos mais dela... Mas eu acredito que não é realmente assim.
Parece ridículo, mas dá a sensação de que os maus momentos, os momentos menos felizes (ou infelizes) existem e têm que existir só para impelir esta nossa procura da Felicidade, dos bons momentos.No fundo, para dar sentido à nossa existência. E, talvez por isso, nós humanos tenhamos uma capacidade para sentir e lembrar os maus momentos muito mais apurada do que a que temos em relação aos momentos felizes.
Ainda por cima, como se tudo isto não bastasse, a Felicidade é RELATIVA! Só para complicar...

Para mim, 2005 foi mais um ano dessa busca. Está quase a terminar. Chega mais um ano. Paramos para festejar... Mas a busca, essa não pára. É contínua e permanente.
O ano que passou teve, obviamente, bons e menos bons e maus momentos. Sinto que cresci muito durante este ano e que tenho ainda muito para crescer.
Lembro-me quando era mais "novita" que uma das idades que eu tinha vontade de ter eram os 23 anos. Acho que por gostar do número...Cá estamos, não é?

(...)

Nesta vida, temos que ser muito FORTES. Cada vez sinto mais essa força dentro de mim.
Estou, de resto, a aprender a SER FELIZ. Vou aprender até morrer, pois no dia em que o deixar de fazer, morro.

Happy new moments 2006!

Escrito a 31 de Dezembro de 2005

Mais que um prazer


Cada vez gosto mais de escrever. Sabe-me bem. Sabe-me tão bem! Desde sempre gostei de escrever...mas agora gosto ainda mais.
Para mim, escrever é mais que um prazer. É uma necessidade. É como respirar ou comer ou...outros verbos acabados em -er. Em conjunto com o pensamento, é a minha maior liberdade... Sim. E liberdade é também uma necessidade. Cada vez é mais difícil dissociar ambas as coisas: pensar e escrever. Pensando bem, estão completamente interligadas. Eu penso, penso, penso. Depois escrevo, escrevo, escrevo. E enquanto escrevo, penso. E quando penso, sinto tantas vezes vontade, necessidade de escrever. Partilhar com o papel tanto de mim. Tantas ideias, tantas sensações, inúmeros sentimentos, raciocínios lógicos, mais ou menos...Ou não...Mas isto de partilhar com o papel estas coisas todas, estes pensamentos, tem muito que se lhe diga. Não é mesmo nada fácil! Em primeiro lugar, nunca se consegue escrever tudo...mas se repararmos, depois, até escrevemos o principal e, no fundo, está lá tudo afinal. Mas há sempre uma réstia da sensação que se poderia ter escrito de outra maneira. É ridículo, mas é verdade. Por outro lado, muitas vezes o que escrevemos é uma grande confusão.
Para além de tudo isto, ao escrever, tenho sempre em mente a comunicação. Não em relação ao papel ou aos peixes (como o Padre António...). Não, não faço sermões quando escrevo, embora possa, às vezes, parecê-lo. Escrevo com a esperança e com a forte convicção de que alguém vá ler o que escrevo. Outro (ou outros) ser(es) humano(s). Lá está: é outra necessidade a comunicação. A pior angústia é que quem vá ler possa não entender devidamente o que escrevo. Por isso se torna tão difícil escrever. Tento escrever para ser entendida.
Ou será mais para me "auto-entender"?

Pois. Inclino-me mais para a segunda hipótese. (Ó pa mim toda inclinada! ;-))
Talvez por isso seja difícil, tão difícil escrever. E tão fácil ao mesmo tempo. Escrevo para que eu me compreenda. A mim própria. E isto é sempre bem mais complicado!
Escrever sabe-me mesmo bem!
Acalma-me.
Como tu, meu amor. Como a presença deste amor dentro de mim me acalma, me dá esta paz. Como quando era pequenina (continuo a achar que ainda o sou!) e a minha mãe ou o meu pai me diziam que "está tudo bem!", que ia correr tudo bem. Quando qualquer força maior... não, não é uma qualquer! É aquela força que nos une a todos, quer queiramos ou não... É assim. É aquela sensação de pertença. É chegar a casa, ao nosso aconchego.
Pois. Pois. Pois. Pois.
Mas mesmo a nossa casa, o nosso aconchego, têm problemas, tem sempre o reverso da medalha... É um cano que rebenta e temos que o consertar, é o pó que temos que estar sempre a limpar, são as plantinhas que têm que ser regadas e mimadas, enfim. É fodido. Como o amor (já o dizia Miguel Esteves Cardoso...) Como tu. Como nós.
Se não fosse fodido não seria amor.
E será que se assim não fosse, esta merda toda faria sentido? A nossa vida faria algum sentido?
Não sei. Sei muito pouco. Tão pouco. Cada vez mais, cada vez menos.
Simplesmente, sinto assim. Por isso, deve ser assim. Ou não. Talvez.

Amo-te. É bom. É fodido. É e mai' nada.

Escrito a 30 de Setembro de 2005

Encontrar

Olho à minha volta:
vejo tristeza, escuridão.
A minha vida a preto e branco
Um véu negro no meu coração.
Tenho um nó na minha cabeça,
um nó de marinheiro
que desejo ver desfeito.
Olho para a frente,
enfrento a vida com coragem,
procurando uma verdade,
procurando um sentido,
buscando felicidade.
Espero.
Que o tempo passe,
Que o tempo me traga a paz verdadeira.
Que o vento me leve ao meu encontro.
Que saiba ser livre à minha maneira.
Olho para a minha frente:
vida, um longo e curto caminho,
uma misteriosa estrada,
um espaço com anos-luz por percorrer,
um livro com tantas páginas por escrever,
ainda!
Desejo, profundamente,
ser sempre capaz de ver um novo dia,
encarando-o com um novo olhar.
Que veja cada raio de luz
do Sol de cada dia,
das estrelas de cada noite,
do lindo luar,
com esperança.
Que me encontre a cada momento
no sorriso de uma criança.
Que ouça o som do mar
e veja vida em cada ser.
Que tudo seja um novo começar.
E, sempre que cá dentro bater a dor
e a minha alma sangrar,
apelo-te, vento, hoje novamente,
ajuda-me a continuar a sonhar,
deixa o sonho ser o meu anjo protector,
ajuda-me a viver!
E, quando eu me perder,
que seja no amor,
que eu me perca para me encontrar.

Escrito a 1 de Abril de 2001

Poema

Vento!
Liberta-me, por favor!
Deixa que esta água inunde o mundo,
mas não deixes que ninguém se afogue.
Deixa que este fogo incendeie a terra,
mas não deixes que ninguém se queime.
Depois, transforma-te numa brisa suave,
que, ao arrastar dos perfumes das flores na Primavera,
ao guiar as gaivotas no mar,
une os versos perdidos de um poema.

Escrito a 29 de Julho de 2000

Podridão

Tanto lixo à minha volta!
Está tudo contaminado.
Desde o ar que respiramos
à água que bebemos.
Está tudo estragado.
É só podridão!
Mas dentro de mim,
há um filtro que purifica
o ar que respiro
a água que bebo,
pois, apesar da dor
que me causa a "solidão"
e todo o lixo que me rodeia,
trago no meu coração
este amor que me incendeia!

Escrito a 10 de Outubro de 1999

Adolescente

Que vida complicada,
esta de ser adolescente!
Ora se está muito triste,
ora se está muito contente.

Agora, rio à gargalhada
e não tem fim a minha alegria,
rio até do que não tem piada
e mesmo do que não devia.

De repente, estou a chorar
Lágrimas de tristeza profunda.
É confusa toda essa água
que a minha jovem face inunda.

São lágrimas de paixão
e risos inconscientes,
vindos não sei donde,
feitos não sei de quê...

Todas estas mudanças
dão bastante que pensar,
mas é preciso ter esperança
para continuar a lutar.

Escrito a 9 de Dezembro de 1998


Mistério infinito

A Vida é um mistério
que é difícil desvendar:
Donde se originou
e como irá acabar?

Mas, para mim, há outros mistérios
que me fazem confusão:
Como é que o amor nasce
dentro de um coração?

Porque não comandamos
as nossas próprias emoções?
porque será que elas são livres
e nos criam tantas ilusões?

E porque é que o meu coração
insiste em para ti olhar?
E para quê tanta ilusão
na alegria de te amar?

Para todas estas perguntas
eu não sei a resposta.
Do método para as desvendar,
apenas tenho a amostra.

Tudo isto que digo
é bastante esquisito.
Apenas sei que a vida
é um mistério infinito.

Sei o que sinto,
mas não o compreendo.
Preciso de amor,
mas não o entendo.

Só sei que sem o sonho,
a vida não seria possível.
E se não existisse amor,
sonhar seria incompreensível.

Escrito a 23 de Agosto de 1998



Sonhar

Sonhar, imaginar
que algo pode acontecer.
Querer, desejar
para sempre poder viver.

Sonhar com as estrelas,
com a lua e o luar.
Ver coisas tão belas,
como o céu e o mar.

Sonhar, para sempre olhar
os olhos do teu coração.
Sonhar, amar,
envolvida na paixão.

Sonhar, imaginar
que não existe dor;
para sempre poder voar
nas leves asas do amor.

Sonhar: está a acabar;
a dor faz desistir,
mas é obrigatório lutar,
até voltar a sorrir.

Sonho: não vás embora;
sem ti, não somos nada.
Leva-nos pela vida fora,
dá sentido a esta estrada.

Escrito a 18 de Julho de 1998


Mudar o Mundo

Por mais que pareça que não,
Eu vivo no mundo da ilusão!

No mundo da fantasia,
No planeta do amor,
Onde tudo é alegria,
Onde não existe dor.

Amar ou não amar?
Eis a questão
Para a qual não tenho resposta
e muito menos o meu coração.

Quero voar no azul dos céus,
Penetrar no oceano profundo,
Viajar até um planeta distante,
Conhecer um novo mundo.

Um mundo de sonhos,
Sonhos realizados,
Sonhos que se possam realizar.
Um mundo de paz,
Onde a natureza tudo domine,
Onde o amor possa reinar.

Sonho, que nos fazes viver;
Amor, sentimento profundo,
Leva-me mais além.
Por favor, muda este Mundo!

Escrito a 6 de Fevereiro de 1998


Amor

Que fazer se bates à porta?
Que fazer se fazes doer o coração?
Que fazer se o coração por ti tem paixão?

Paixão, loucura.
Fantasia do coração.
Ilusão pura e bela
De quem está apaixonado.
Felicidade plena e única
De quem ama e é amado.

Amor,
És livre como o vento
E eu sou tua prisioneira.
Para te ires embora és lento,
Mas para chegares, é "à tua maneira"...

Amor,
Apesar de nos fazeres sofrer,
És o ar que respiramos,
És a água que bebemos,
És o sonho que sonhamos,
És tudo o que queremos.

Amor,
Este sentimento profundo
Que faz parte da vida.
Amor, és o meu mundo.

Escrito a 19 de Janeiro de 1998

Amigos

Neste mundo de injustiças,
Não percas o que há de melhor.
Não deixes fugir um amigo.
Não deixes, por favor!

A amizade tem uma vida eterna;
Não a faças ser uma vida de tristeza,
Pois para tristeza já basta a vida
De quem vive na incerteza.

Na incerteza de viver.
Na incerteza de morrer.
Na incerteza de amar e ser amado.

Não deixes que acabem com o mundo!
Não deixes morrer uma flor!
Não deixes morrer a natureza!
Não deixes morrer o amor!

Amigos, para o que der e vier!
Amigos em horas felizes,
Amigos em horas de dor.
Amigos, p'ra viver e p'ra morrer,
Unidos pelo amor.

Escrito a 7 de Dezembro de 1997

A Vida

Um livro
com muitas ou poucas folhas.
Uma estrada
aberta ou fechada,
conforme as nossas escolhas.
Um mar de rosas,
onde mergulhamos
sem saber se é profundo.
Uma viagem
longa ou curta
que fazemos pelo Mundo.
Respira pelos sonhos,
presa por um cordel fino.
Em busca da felicidade
segue os passos do destino.
A injustiça, a infelicidade;
Os caminhos sombrios da dor.
A paz, a liberdade;
a natureza e o amor.

Escrito a 26 de Agosto de 1997

Sonho

Sonho,
por vezes, tenho pena
que não sejas a realidade;
outras vezes, prefiro
que não tenhas um fundo de verdade.
Todos nós sonhamos,
a dormir ou acordados.
Todos nós amamos,
mesmo não sendo amados.
Sonho;
ilusão;
algo que todos devemos ter.
Sonho;
ilusão;
algo que nunca devemos perder.

Escrito a 15 de Fevereiro de 1997



Amor

Amor,
um planeta
de sonho e de ilusão;
nuvens de dor
num céu de paixão.
Ondas de fantasia
num mar de felicidade;
às vezes, procurando a mentira,
no meio da verdade.
Um cometa que, ao passar,
deixa o seu rasto luminoso,
algo que se pode revelar
um pouco perigoso.
Esperar para alcançar
a pessoa, o seu coração.
GRITAR, desesperar,
chamar a razão.
A vida a sorrir.
Um pássaro a cantar.
De dia, o Sol.
De noite, o luar.

Escrito a 7 de Dezembro de 1996


Uma vez mais o amor. Porque será?

Origem



Começo agora a tornar público aquilo que vou escrevendo. Sempre quis fazê-lo. Faço-o agora. Primeiro: porque quero e pelo prazer de escrever e comunicar; segundo: porque estou um pouco desocupada...; terceiro: a minha amiga Filipa encorajou-me nesse sentido, dando-me o mote para realizar algo que considero interessante.
Simplesmente, vou partilhar aqui algo de mim. Aquilo que escrevo não deve ficar só entre mim e o papel. Assim, irá começar a estar em formato digital e disponível para todas as pessoas que acedam a este blogue.
Assim, as minhas palavras irão provavelmente chegar mais longe. Assim espero.