"A solidão é o preço que temos de pagar por termos nascido neste período moderno, tão cheio de liberdade, de independência e do nosso próprio egoísmo."
Soseki Natsume
Momentos nossos, aqueles momentos em que estamos sozinhos, são agradáveis. Consegui voltar a encontrar prazer nesses momentos, o que para mim é uma vitória, sinónimo de evolução interior.
No entanto, começo a sentir que esses momentos têm vindo em catadupa e muito adjacentes. Começo a sentir um certo desgaste em relação a isso. Acima de tudo, vejo que, nestas alturas em que a família de casa está parcialmente ausente (a Noa está aqui!), se percebe como quase toda a gente anda ocupada com as suas vidas, como olham para o seu umbigo somente e se esquecem dos outros, daqueles que até são importantes nas suas vidas (ou eram!)e nunca arranjam tempo para simplesmente estar (ou falar ou escrever) com eles. Mesmo sabendo que estão mais sozinhos e carentes. O tempo, essa eterna desculpa...
Tento reflectir e não me parece que tenha feito o mesmo aos outros em algum momento em que soubesse que "precisavam" de mim...Por isso, não entendo muito bem. A verdade é que, provavelmente, tenho que aceitar que as pessoas mudam e continuar a aceitá-las como são agora. Ou eventualmente, reconhecer que não as conhecia tão bem assim. Acima de tudo, deixar de medir as pessoas pela minha unidade de medida. Porque essa é quase sempre tão diferente. Melhor ou pior? Não sei, á simplesmente diferente.
Acima de tudo, ficar grata por haver pessoas que se lembram sempre (ou muitas vezes) de mim. Que demonstram o seu amor, seja de que forma for. E ter uma pessoas quadrúpede que me mostra isso a toda a hora. Não sofro de solidão. Somente por vezes sofro por estar sozinha.
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