Gostaria de partilhar com vocês um "ponto de vista", um modo de ver o amor com o qual me identifiquei ao ler a Crónica Feminina de Inês Pedrosa na Revista Única, de 8 de Novembro último.
«O amor é eterno como as estrelas. Não sabemos nada das estrelas, como nada sabemos do amor. Mas muitas vezes encontramos no brilho distante de uma estrela a coragem necessária para atravessar noites de excessiva treva. Sussurramos desejos às estrelas cadentes e confiamos as lágrimas à beleza de um céu estrelado. Precisamos da tristeza para aprender a olhar para o céu. Não falo do céu metafísico, do céu povoado de deuses vingadores, desse céu demasiado terreno que, ao longo dos séculos, tem construído uma história de horror e de guerra. Não falo do céu dos fiéis e infiéis, do céu que ergue fogueiras e cadafalsos, que inventa infernos e torturas, que se despenha em aviões sobre a humanidade. Falo do céu que existe sobre as nossas cabeças demasiado ocupadas a esgravatar a terra. Das estrelas que vivem e morrem sem que o saibamos, e que nos iluminam, se soubermos olhar para elas, como se fossem sempre a mesma, a estrela inicial. É assim a eternidade do amor - indiferente à vida e à morte, capaz de sobreviver à pequena cronologia da vida. Capaz, acima de tudo, de fazer da vidinha presunçosa em que tantas vezes nos enredamos, uma vida verdadeira, votada à única coisa que interessa - o amor. (...)»
Quem escreve assim...
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