segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Insustentável Leveza do Ser

«Só o acaso pode ser interpretado como uma mensagem. O que acontece por necessidade, o que já era esperado e se repete todos os dias é perfeitamente mudo. Só o acaso fala. Nele é que deve tentar-se ler, como as ciganas fazem com as figuras deixadas no fundo de uma chávena pela borra do café.»

Milan Kundera é que a sabe toda...

Como já devem ter percebido, estou a ler este livro.

Na busca de mim mesma, na saga do meu auto-conhecimento, tenho-me deparado com a certeza de que as melhores coisas na minha vida, até ao momento, surgiram neste contexto. No acaso, inesperadamente. Tratam-se de acontecimentos, situações, experiências, pequenas coisas, que são esperadas durante muito tempo até, algumas delas, mas que no preciso momento em que acontecem, surgem ao acaso, acontecem de modo inesperado. São coisas pelas quais lutei, imaginei, sonhei, ansiei. Outras nem por isso. O que têm de comum: surgirem neste contexto do acaso, quando deixo de pensar, de me focar excessivamente nelas, deixando a água do rio da vida fluir; e são coisas que mudam a minha vida de modo marcante, de uma forma ou de outra...

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